1.5.09

By OoLONG

By OoLONG, VOYELLES

Variation 1 : Voyelles/voyelles

oye e

A oi , E a , I ou e, U e , O eu : oye e ,
e i ai ue ue ou o ai a e a e e :
A, oi o e e u e ou e é a a e
ui o i e au ou e ua eu ue e ,

o e 'o e ; E, a eu e a eu e e e e ,
a e e a ie ie , oi a , i o 'o e e ;
I, ou e , a a é, i e e è e e e
a a o è e ou e i e e é i e e ;

U, y e , i e e i i e e i i e ,
ai e â i e é 'a i au , ai e i e
ue 'a i ie i i e au a o u ieu ;

O, u ê e ai o ei e i eu é a e ,
i e e a e é e o e e e A e :
- O 'O é a, ayo io e e e Yeu !
A u i au



Variation 2 : Voyelles/consonnes

V ll s

n r, bl nc, r g , v rt, bl : v ll s,
J d r q lq j r v s n ss nc s l t nt s :
, n r c rs t v l d s m ch s cl t nt s
Q b mb n nt t r d s p nt rs cr ll s,

G lf s d' mbr ; , c nd rs d s v p rs t d s t nt s,
L nc s d s gl c rs f rs, r s bl ncs, fr ss ns d' mb ll s ;
, p rpr s, s ng cr ch, r r d s lvr s b ll s
D ns l c lr l s vr ss s pn t nt s ;

, c cl s, v br m nt d v ns d s m rs v r d s,
P x d s pt s s ms d' n m x, p x d s r d s
Q l' lch m mpr m x gr nds fr nts st d x ;

, s prm Cl r n pl n d s str d rs tr ng s,
S l nc s tr v rsés d s M nd s t d s ng s :
- l' mg , r n v l t d S s x !
rth r R mb d

Variation 3 : alphabétiques

A A alchimie Anges animaux Arthur autour aux belles blanc blancs bleu bombinent candeurs Clairon colère corset craché cruelles cycles
d' d' d' Dans de des des des des des des des des des des des des dirai divins E E éclatantes et et étranges fiers frissons fronts glaciers Golfes grands
I I imprime ivresses Je jour l' l' la Lances latentes les lèvres mers Mondes mouches naissances noir noir O O O ombelles Oméga ombre ou
Paix paix pâtis pénitentes plein pourpres puanteurs Que quelque Qui rayon rides Rimbaud rire rois rouge sang semés Ses Silences strideurs studieux suprême tentes
traversés U U vapeurs velu vert vibrement violet virides vos Voyelles voyelles Yeux,,,, :,:,,;,,,,;,,,;,,,, ;,, : -, !

Variation 4 : alphabétiques vers libres

A A alchimie Anges animaux Arthur autour aux

belles blanc blancs bleu bombinent

candeurs Clairon colère corset craché cruelles cycles

d' d' d' Dans de des des des des des des des des des des des des dirai divins

E E éclatantes et et étranges

fiers frissons fronts

glaciers Golfes grands

I I imprime ivresses

Je jour

l' l' la Lances latentes les lèvres

mers Mondes mouches

naissances noir noir

O O O ombelles Oméga ombre ou

Paix paix pâtis pénitentes plein pourpres puanteurs

Que quelque Qui

rayon rides Rimbaud rire rois rouge

sang semés Ses Silences strideurs studieux suprême

tentes traversés

U U

vapeurs velu vert vibrement violet virides vos Voyelles voyelles

Yeux

,,,, :,:,,;,,,,;,,,;,,,, ;,, : -, !

Variation 5 : Voyelles alphabétiques façon Robert

A :

A (2 fois)
alchimie
Anges
animaux
Arthur
autour
aux

B :

belles
blanc (2 fois dont une au pluriel)
bleu
bombinent

C :

candeurs
Clairon
colère
corset
craché
cruelles
cycles

D :

d' (3 fois)
Dans
de
des (12 fois)
dirai
divins

E :

E (2 fois)
éclatantes
et (2fois)
étranges

F :

fiers
frissons
fronts

G :

glaciers
Golfes
grands

H :

(manque)

I :

I (2 fois)
imprime
ivresses

J :

Je
jour

K :

(manque)

L :

l' (deux fois)
la
Lances
latentes
les
lèvres

M :

mers
Mondes
mouches

N :

naissances
noir (2 fois)

O :

O (3 fois)
ombelles
Oméga
ombre
ou

P :

Paix (2 fois, dont une avec une majuscule)
pâtis
pénitentes
plein
pourpres
puanteurs

Q :

Que
quelque
Qui

R :

rayon
rides
Rimbaud
rire
rois
rouge

S :

sang
semés
Ses
Silences
strideurs
studieux
suprême

T :

tentes
traversés

U :

U (2 fois)

V :

vapeurs
velu
vert
vibrement
violet
virides
vos
Voyelles (2 fois, dont une avec une minuscule)

W, X :

(manquent)

Y :

Yeux

Z :

(manque)

Ponctuation :

, (24 fois)
: (2 fois)
; (4 fois)
:
-
!


Variation 6 : Voyelles inventaire

Trente cinq A; un A accent circonflexe; dix B; dix-huit C; vingt sept D; quatre-vingt trois E; six E accent aigü; deux E accent grave; un E accent circonflexe; quatre F; huit G; quatre H; trente sept I; deux J; aucun K; trente deux L; quinze M; trente et un N; vingt huit O; onze P; quatre Q; quarante trois R; soixante dix S; vingt quatre T; vingt neuf U; treize V; aucun W; six X; cinq Y; aucun Z; vingt et une virgules; trois deux points; cinq apostrophes; quatre point-virgule; un tiret; un point d'exclamation.

Variation 7 : alphabétique versifié

eellosVy

A a b b c E e e e e i I g l l l ln n o o O o r r r t u U u v v y , , , , : ,
a a a a c d e e e e e e i i i J j l l n n n o o q q r r s s s s s t t u u u v :
A a a c c c d e e e e e é h i l l m n n o o o r r s s s s t t t u u v,
a a b b c d e e e e e i i l l m n n n o o p Q r r r s s s t t t u u u u u u ,

a a b c d d d d d e e e e E e e e e f G l m n n o o p r r r s s s s s s t t t u u v ' ; , ,
a a a b b c c c d de e e e e e f f g i i i i L l l l l m n n n o o o r r r r s s s s s s s s s s , , ' ;
a a b c c d e e e e e e é è g h I i l l l n o p p r r r r r r s s s s s u v, , ,
a a c D e e e e e e é è i i l l l n n n o p u r r s s s s s s t t u v ;

b c c d d d e e e e e e i i i i i l m m n n r r r s s s s t U v v v y , , ,
a a a a a â d d e e e e é d d i i i i i m m n P p p r s s s s s s t u x x x , '
a a a c d d e e e e f g h i i i i i l l m m m n n o p Q r r r s s s t t u u u u x x ' ;

a a C e e e e e é ê d d g i i i l l m n n O o n p p r r r r r s s s s s t t u u , ,
a A c d d d e e e e e e e e é g i l M n n n o r r S s s s s s s s t t v :
a a d e e e e é g i l l m n O O o o r S s t u v y x Y - ' , !

A a b d h i m r r R t u u

Variation 8 : alphabétique linéaire

AaaaaaAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaAaaAaâbbbbbbbbbbcccccccccccccccccCdddddddddddDddddddddddddddd
EeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeEeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeéééééééèèê
ffffgggggggghhhhiIiiiiiiiiiiIiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiJjlllllllllllLllllllllllllllllllmmmmmmmmmmmmMmnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
ooOooooooooooooooooOooOOoopppppPpppppqqQQrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrR
sssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssSsssssssSsttttttttttttttttttttttttuUuuuuuuuuuuuuuuuuuUuuuuuuuu
vvvvvvvvvvvvxxxxxyyyY,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,:::''''';;;;-!


Variation 9, renversement

selleyoV

,selleyov : uelb O ,trev U ,eguor I, cnalb E ,rion A
: setnetal secnassian sov ruoj euqleuq iarid eJ
setnatalcé sehcuom sed ulev tesroc rion ,A
,selleurc sruetnaup sed ruotau tnenibmob iuQ

,setnet esd sruepav sed sruednac ,E ; orbmo'd sefloG
; sellebmo'd snossirf ,scnalb sior ,sreif sreicalg sed secnaL
selleb servèl sed erir ,éhcarc gnas ,serproup, I
; setnetinép sesservi sel uo erèloc al snaD

,sediriv srem sed snivid tnemerbiv ,selcyc, U
sedir sed xiap ,xuamina'd sémes sitâp sed xiaP
; xueiduts stnorf xua emirpmi eimihcla'l euQ

,segnarté sruedirts sed nielp norialC emêrpus ,O
: segnA sed te sednoM sed sésrevart secneliS
! xueY seS ed teloiv noyar ,agémO'l O -

duabmiR ruhtrA


Variation 10 : Babelfish français, anglais, français

Les Voyelles

Avec le noir, blanc de E, rouge de I, vert de U, bleu de O: voyelles,
Je dirai un certain jour vos naissances latentes:
Avec, corset velu noir des mouches lumineuses
Qui bombinent autour des puanteurs cruelles,

Golfes d'ombre; E, franchises de la vapeur et les tentes,
Les lances des glaciers fiers, blanc de rois, tremble l'ombelle ceux
I, crimsons, sang de broche, rire des lèvres belles
Dans la colère ou les intoxications pénitent ;

U, cycles, vibrement divin des mers verdant,
paix des pâturages pauvres semés des animaux, paix des rides
cette alchimie imprime avec les grands visages studieux;

O, bugle suprême complètement avec les strideurs étranges,
silence croisé des mondes et les anges
- O l'Omega, rayon pourpre de ses yeux!

Arthur Rimbaud

Variation 11 : Voyelles de abba baab ccd ee d vers aaaa bbbb cc dd ee (sonnet tout plat)

A noir, E blanc, I rouge, U vert, O bleu : voyelles,
Qui bombinent autour des puanteurs cruelles,
Lances des glaciers fiers, rois blancs, frissons d'ombelles ;
I, pourpres, sang craché, rire des lèvres belles

Je dirai quelque jour vos naissances latentes :
A, noir corset velu des mouches éclatantes
Golfes d'ombre ; E, candeurs des vapeurs et des tentes,
Dans la colère ou les ivresses pénitentes ;

U, cycles, vibrement divins des mers virides,
Paix des pâtis semés d'animaux, paix des rides

Que l'alchimie imprime aux grands fronts studieux ;
- O l'Oméga, rayon violet de Ses Yeux !

O, suprême Clairon plein des strideurs étranges,
Silences traversés des Mondes et des Anges :

Arthur Rimbaud


Variation 12 : Voyelles vers arrangés par ordre alphabétique

A noir, E blanc, I rouge, U vert, O bleu : voyelles,
A, noir corset velu des mouches éclatantes
Arthur Rimbaud
Dans la colère ou les ivresses pénitentes ;
Golfes d'ombre ; E, candeurs des vapeurs et des tentes,
I, pourpres, sang craché, rire des lèvres belles
Je dirai quelque jour vos naissances latentes :
Lances des glaciers fiers, rois blancs, frissons d'ombelles ;
- O l'Oméga, rayon violet de Ses Yeux !
O, suprême Clairon plein des strideurs étranges,
Paix des pâtis semés d'animaux, paix des rides
Que l'alchimie imprime aux grands fronts studieux ;
Qui bombinent autour des puanteurs cruelles,
Silences traversés des Mondes et des Anges :
U, cycles, vibrement divins des mers virides,
Voyelles

Variation 13 : squelette en A

A , a , , , : ,
a a a a :
A, a a
a a ,

' ; , a a ,
a a , a , ' ;
, , a a ,
a a ;

, , ,
a â 'a a , a
'a a a ;

, a a ,
a A :
- ' a, a !
A a

Variation 14: Voyelles, squelette en e

e e

, E , e, e , e : e e ,
e e e e e e :
, e e e e é e
e e e e e ,

e ' e ; E, e e e e e e e ,
e e e e , , ' e e ;
, e , é, e e è e e e
è e e e e é e e ;

, e , e e e e e ,
e e é ' , e e
e ' e e e ;

, ê e e e e é e ,
e e e é e e e e e :
- ' é , e e e e !


Variation 15 : en majuscules les voyelles

vOYEllEs

A nOIr, E blAnc, I rOUgE, U vErt, O blEU : vOYEllEs,
jE dIrAI qUElqUE jOUr vOs nAIssAncEs lAtEntEs :
A, nOIr cOrsEt vElU dEs mOUchEs EclAtAntEs
quI bOmbInEnt AUtOUr dEs pUAntEUrs crUEllEs,

gOlfEs d'OmbrE ; E, cAndEUrs dEs vApEUrs Et dEs tEntEs,
lAncEs dEs glAcIErs fIErs, rOIs blAncs, frIssOns d'OmbEllEs ;
I, pOUrprEs, sAng crAchE, rIrE dEs lEvrEs bEllEs
dAns lA cOlErE OU lEs IvrEssEs pEnItEntEs ;

U, cYclEs, vIbrEmEnt dIvIns dEs mErs vIrIdEs,
pAIx dEs pAtIs sEmEs d'AnImAUx, pAIx dEs rIdEs
qUE l'AlchImIE ImprImE AUx grAnds frOnts stUdIEUx ;

O, sUprEmE clAIrOn plEIn dEs strIdEUrs EtrAngEs,
sIlEncEs trAversés dEs MOndEs Et dEs AngEs :
- O l'OmEgA, rAYOn vIOlEt dE sEs YEUx !
ArthUr RImbAUd


Variation 16 : en O

Vooollos

o noor, o blonc, o roogo, o vort, O bloo : vooollos,
Jo doroo qoolqoo joor vos noossoncos lotontos :
o, noor corsot volo dos moochos oclotontos
Qoo bombonont ootoor dos poontoors croollos,

Golfos d'ombro ; o, condoors dos vopoors ot dos tontos,
Loncos dos glocoors foors, roos bloncs, frossons d'ombollos ;
o, poorpros, song crocho, roro dos lovros bollos
Dons lo coloro oo los ovrossos ponotontos ;

o, coclos, vobromont dovons dos mors vorodos,
Poox dos potos somos d'onomoox, poox dos rodos
Qoo l'olchomoo ompromo oox gronds fronts stodooox ;

O, sopromo Clooron ploon dos strodoors otrongos,
Soloncos trovorsos dos Mondos ot dos ongos :
- O l'Omogo, rooon voolot do Sos ooox !
orthor Rombood


Variation 17 : correcteur Abiword US et coupe de mots

Boy belles

A nor, E blanc, I rouge, U avert, O blue : boy belles,
Joe dirac quell cue our vows nazis stances latents :
A, nor corset velum dies couches ucla tastes
Quip bomb indent tau tour dyes cpu ant curs crud belles,

Golfers doom bare ; E, can demurs does eva pours et deus tenthes,
Lances odes glaciers fliers, lois blanks, frisks ons doom belles ;
I, pour pares, sang crack ha, ire odes la res belles
Deans la cool ere you lees ivy lesses pan bite notes ;

U, cycles, vi cement divines odes myers vi rides,
Paid odes pat is seem as dan max, paid odes rides
Cue all chime imp rime ax grands fronts studio ex ;

O, supreme Clarion klein odes stride curs at ranges,
Silences traverses odes Modes et odes Ganges :
- O leo omega, radon violet ode Uses Aye ax !
Arthur Rim baud


Variation 18 : déplacement d'un rang avec préservation des caractères accentués.

Wpzfmmft,

b opjs, f cmbod, j spvhf, v wfsu, p cmfv : wpzfmmft,
kf ejsbj rvfmrvf kpvs wpt objttbodft mbufouft :
b, opjs dpstfu wfmv eft npvdift édmbubouft
rvj cpncjofou bvupvs eft qvboufvst dsvfmmft,

hpmgft e'pncsf ; f, dboefvst eft wbqfvst fu eft ufouft,
mbodft eft hmbdjfst gjfst, spjt cmbodt, gsjttpot e'pncfmmft ;
j, qpvsqsft, tboh dsbdié, sjsf eft mèwsft cfmmft
ebot mb dpmèsf pv mft jwsfttft qéojufouft ;

v, dzdmft, wjcsfnfou ejwjot eft nfst wjsjeft,
qbjy eft qâujt tfnét e'bojnbvy, qbjy eft sjeft
rvf m'bmdijnjf jnqsjnf bvy hsboet gspout tuvejfvy ;

p, tvqsênf dmbjspo qmfjo eft tusjefvst éusbohft,
tjmfodft usbwfstét eft npoeft fu eft bohft :
- p m'pnéhb, sbzpo wjpmfu ef tft zfvy !
bsuivs sjncbve


Variation 19 : français-allemand-russe-français avec Reverso

Les Voyelles,

De la couleur noire, E blanc, I, qui rouge, U, Sur, Vert : les voyelles
Je parlerai un certain jour de celle-ci naissances latentes
A noir mauvais poilu des mouches rayonnant,
Autour de la puanteur cruelle bombinent

Les golfes de l'ombre; E rire la sincérité du paquebot et vit dans la tente
Les pics fiers le glacier, les rois blancs, le tremblement les ombelles,
I, le pourpre, ausgepucktes le sang, sur beau
à la fureur ou prêt à se repentir l'îvresse

U, les cycles, vibrement de virides des mers,
Le monde payé, de l'animal gesät, le monde
Que grand curieux du front tape

Sur, au maximum la corne, qui est complet avec étrange strideurs,
Calme qui sont croisés par les mondes et les anges
Sur, Oméga, le rayon violet la succursale de son oeil
Arthur Rimbaud


Variation 20 suppression de second hémistiche

Voyelles

A noir, E blanc, I rouge,
Je dirai quelque jour
A, noir corset velu
Qui bombinent autour

Golfes d'ombre ; E, candeurs
Lances des glaciers fiers,
I, pourpres, sang craché,
Dans la colère ou les

U, cycles, vibrement
Paix des pâtis semés
Que l'alchimie imprime

O, suprême Clairon
Silences traversés
- O l'Oméga, rayon

Arthur


Variation 21 suppression premier hémistiche

Voyelles

U vert, O bleu : voyelles,
vos naissances latentes :
des mouches éclatantes
des puanteurs cruelles,

des vapeurs et des tentes,
rois blancs, frissons d'ombelles ;
rire des lèvres belles
ivresses pénitentes ;

divins des mers virides,
d'animaux, paix des rides
aux grands fronts studieux ;

plein des strideurs étranges,
des Mondes et des Anges :
violet de Ses Yeux !

Rimbaud


Variation 22 : renversement avec conservation de la forme sonnet dans le réarrangement, on notera que la forme abba ccde ede dde est rare.

Arthur Rimbaud

- O l'Oméga, rayon violet de Ses Yeux !
Silences traversés des Mondes et des Anges :
O, suprême Clairon plein des strideurs étranges,
Que l'alchimie imprime aux grands fronts studieux ;

Paix des pâtis semés d'animaux, paix des rides
U, cycles, vibrement divins des mers virides,
Dans la colère ou les ivresses pénitentes ;
I, pourpres, sang craché, rire des lèvres belles

Lances des glaciers fiers, rois blancs, frissons d'ombelles ;
Golfes d'ombre ; E, candeurs des vapeurs et des tentes,
Qui bombinent autour des puanteurs cruelles,

A, noir corset velu des mouches éclatantes
Je dirai quelque jour vos naissances latentes :
A noir, E blanc, I rouge, U vert, O bleu : voyelles,

Voyelles


Variation 23 : réorganisation par ordre de rime a1b1b2c2 b3a3a4b4 c1c2d1 e1e2d2 >> a1b1c1d1e1 a2b2c2d2e2 a3b3 a4b4

Voyelles

A noir, E blanc, I rouge, U vert, O bleu : voyelles,
Je dirai quelque jour vos naissances latentes :
U, cycles, vibrement divins des mers virides,
Que l'alchimie imprime aux grands fronts studieux ;
O, suprême Clairon plein des strideurs étranges,

Qui bombinent autour des puanteurs cruelles,
A, noir corset velu des mouches éclatantes
Paix des pâtis semés d'animaux, paix des rides
- O l'Oméga, rayon violet de Ses Yeux !
Silences traversés des Mondes et des Anges :

Lances des glaciers fiers, rois blancs, frissons d'ombelles ;
Golfes d'ombre ; E, candeurs des vapeurs et des tentes,

I, pourpres, sang craché, rire des lèvres belles
Dans la colère ou les ivresses pénitentes ;

Arthur Rimbaud


Variation 24 : maintien des subtantifs et adjectifs en liste

Voyelles, A noir, E blanc, I rouge, U vert, O bleu, voyelles, naissances latentes, A, noir corset velu, mouches éclatantes, puanteurs cruelles,
Golfes d'ombre, E, candeurs, vapeurs, tentes, Lances, glaciers fiers, rois blancs, frissons, ombelles, I, pourpres, sang craché, rire, lèvres belles,
colère, ivresses pénitentes, U, cycles, vibrement divins, mers virides, Paix, pâtis semés, animaux, paix, rides, alchimie, grands fronts studieux,
O, suprême Clairon, strideurs étranges, Silences traversés, Mondes Anges, O, Oméga, rayon violet, Yeux.


Variation 25 : tabulé avant chaque voyelle

V o y ell es,

A n o ir, E bl anc, I r o u g e, U v ert, O bl e u : v o y ell es, J e d ir a i q u elq u e j o ur v os n a iss anc es l at ent es : A, n o ir c
ors et v el u d es m o uch es écl at ant es Q u i b omb in ent a ut o ur d es p u ant e urs cr u ell es, G olf es d' ombr e ; E, c and e
urs d es v ap e urs et d es t ent es, L anc es d es gl ac i ers f i ers, r o is bl ancs, fr iss ons d' omb ell es ; I, p o urpr es, s ang cr ach
é, r ir e d es l èvr es b ell es D ans l a c ol èr e o u l es ivr ess es p én it ent es ; U, c ycl es, v ibr em ent d iv ins d es m ers v ir id
es, P a ix d es p ât is s em és d' an im a ux, p a ix d es r id es Q u e l' alch im i e impr im e a ux gr ands fr o nts st ud i e ux ; O, s
upr êm e Cl a ir on pl e in d es str id e urs étr ang es, S il enc es tr av ers és d es M ond es et d es Ang es : - O l' Om ég a, r ay on
v i ol et d e S es Y e ux ! Arth ur R imb a ud


Variation 26 : inversion interne et approximative de l'odre des mots

Voyelles

voyelles : noir A, blanc E, rouge I, vert U, bleu O,
vos latentes naissances quelque jour Je dirai :
A, velu corset noir des éclatantes mouches
Qui autour des cruelles puanteurs bombinent,

E, ombre de Golfes; vapeurs des tentes et des candeurs,
fiers glaciers des Lances, blancs rois, ombelles de frissons;
pourpres,I, sang craché, rire des belles lèvres
Dans les pénitentes ivresses ou la colère ;

virides mers des divins vibrement, cycles, U
rides des paix, Paix des animaux semés de pâtis,
Que les studieux fronts grands impriment à l'alchimie ;

O, Clairon suprême plein des étranges strideurs,
Anges et Mondes traversés des Silences :
violet rayon de Ses Yeux !- O l'Oméga,

Arthur Rimbaud


Variation 27 : inversion à l'hémistiche ligne à ligne, les rimes sont toujours là.

Voyelles

U vert, O bleu : voyelles, A noir, E blanc, I rouge,
vos naissances latentes : Je dirai quelque jour
des mouches éclatantes A, noir corset velu
des puanteurs cruelles, Qui bombinent autour

des vapeurs et des tentes, Golfes d'ombre ; E, candeurs
rois blancs, frissons d'ombelles ; Lances des glaciers fiers,
rire des lèvres belles I, pourpres, sang craché,
ivresses pénitentes ; Dans la colère ou les

divins des mers virides, U, cycles, vibrement
d'animaux, paix des rides Paix des pâtis semés
aux grands fronts studieux ; Que l'alchimie imprime

plein des strideurs étranges, O, suprême Clairon
des Mondes et des Anges : Silences traversés
violet de Ses Yeux ! - O l'Oméga, rayon

Arthur Rimbaud


Variation 28 : squelette muet

________

_ ____, _ _____, _ _____, _ ____, _ ____ : ________,
__ _____ _______ ____ ___ __________ ________ :
_, ____ ______ ____ ___ _______ __________
___ _________ ______ ___ _________ ________,

______ _'_____ ; _, ________ ___ _______ __ ___ ______,
______ ___ ________ _____, ____ ______, ________ _'________ ;
_, ________, ____ ______, ____ ___ ______ ______
____ __ ______ __ ___ ________ __________ ;

_, ______, _________ ______ ___ ____ _______,
____ ___ _____ _____ _'_______, ____ ___ _____
___ _'________ _______ ___ ______ ______ ________ ;

_, _______ _______ _____ ___ _________ ________,
________ _________ ___ ______ __ ___ _____ :
_ _ _'_____, _____ ______ __ ___ ____ !
______ _______

Variation 29, réduction au dernier mot du vers


Voyelles

cruelles voyelles éclatantes,

tentes latentes, ombelles,

pénitentes belles

étranges rides virides,

Anges studieux

Yeux !

Arthur Rimbaud


Variation 30 : bien entendu fictif

01000001

0 01001 0 100001 0 011001 1 00001 1 1001 0 010000011
10 10000 1100110 1110 011 0001100001 00000001 0
01 0100 010100 0001 101 1110101 0000000001
110 111100000 010110 101 010000101 001000011

010101 1111100 0 01 00010101 101 0000101 00 101 0000011
000001 101 00000001 100011 0101 1000011 10011101 1111100001 0
01 011000011 1000 0000101 0000 101 000001 100001
1001 00 010000 11 001 00001101 0000000001 0

11 0000011 001001000 100001 101 1001 00001011
0001 101 01001 10101 1100010111 0001 101 00101
110 0100010100 0100010 011 000011 101001 10110011 0

11 1100010 0000010 00000 101 100010101 000000011
10000001 000000101 101 110101 00 101 00001 0
1 1 01110001 00010 001000 10 101 0011 1
000110 0011011


Variation 31 : linéaire sans ponctuation ni majuscules

voyelles a noir e blanc i rouge u vert o bleu voyelles je dirai quelque jour vos naissances latentes a noir corset
velu des mouches éclatantes qui bombinent autour des puanteurs cruelles golfes d'ombre e candeurs des vapeurs
et des tentes lances des glaciers fiers rois blancs frissons d'ombelles i pourpres sang craché rire des lèvres belles
dans la colère ou les ivresses pénitentes u cycles vibrement divins des mers virides paix des pâtis semés d'animaux
paix des rides que l'alchimie imprime aux grands fronts studieux o suprême clairon plein des strideurs étranges
silences traversés des mondes et des anges o l'oméga rayon violet de ses yeux arthur rimbaud


Variation 32, réorganisation thématique

A noir : A, noir corset velu des mouches éclatantes qui bombinent autour des puanteurs cruelles, golfes d'ombre.

E blanc : E, candeurs des vapeurs et des tentes, lances des glaciers fiers, rois blancs, frissons d'ombelles.

I rouge : I, pourpres, sang craché, rire des lèvres belles dans la colère ou les ivresses pénitentes.

U vert : U, cycles, vibrement divins des mers virides, paix des pâtis semés d'animaux, paix des rides
que l'alchimie imprime aux grands fronts studieux.

O bleu : O, suprême Clairon plein des strideurs étranges, silences traversés des Mondes et des Anges : - O l'Oméga, rayon violet de Ses Yeux !

Arthur Rimbaud : voyelles, je dirai quelque jour vos naissances latentes Voyelles


Variation 33 : suppression de la première consonne dans les mots, en préservant la rythmique
(en la tirant un peu par les cheveux)

Oyelles

A oir, E lanc, I ouge, U ert, O leu : oyelles,
e irai uelque our os aissances atentes :
A, oir orset elu es ouches élatantes
ui ombinent utour es uanteurs ruelles,

olfes ombre ; E, andeurs es apeurs et es entes,
ances es laciers iers, ois lancs, rissons ombelles ;
I, ourpres, ang raché, ire es èvres elles
ans la olère ou es iresses énitentes ;

U, ycles, ibrement ivins es ers irides,
aix es âtis emés animaux, aix es ides
ue alchimie iprime aux rands ronts tudieux ;

O, uprême lairon lein es trideurs éranges,
ilences raversés es ondes et es Ages :
- O Oméga, ayon iolet e es Yeux !
Athur imbaud


Variation 34, suppression des rimes

Voyelles,

A noir, E blanc, I rouge, U vert, O bleu
Je dirai quelque jour vos naissances
A, noir corset velu des mouches
Qui bombinent autour des puanteurs

Golfes d'ombre ; E, candeurs des vapeurs
Lances des glaciers fiers, rois blancs, frissons
I, pourpres, sang craché, rire des lèvres
Dans la colère ou les ivresses

U, cycles, vibrement divins des mers
Paix des pâtis semés d'animaux, paix
Que l'alchimie imprime aux grands fronts

O, suprême Clairon plein des strideurs
Silences traversés des Mondes
- O l'Oméga, rayon violet
Arthur Rimbaud


Variation 35 : faux sonnet

Voyelles

A noir, E blanc, I rouge,
U vert, O bleu : voyelles, Je dirai quelque jour
vos naissances latentes : A, noir corset velu
des mouches éclatantes Qui bombinent autour

des puanteurs cruelles, Golfes d'ombre ; E, candeurs
des vapeurs et des tentes, Lances des glaciers fiers,
rois blancs, frissons d'ombelles ; I, pourpres, sang craché,
rire des lèvres belles Dans la colère ou les

ivresses pénitentes ; U, cycles, vibrement
divins des mers virides, Paix des pâtis semés
d'animaux, paix des rides Que l'alchimie imprime

aux grands fronts studieux ; O, suprême Clairon
plein des strideurs étranges, Silences traversés
des Mondes et des Anges : - O l'Oméga, rayon

violet de Ses Yeux !

Arthur Rimbaud


Variation 36 (et dernière ?, une des plus évidentes, pourtant...)

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Un artiste à découvrir.

L'arbre aux poèmes

Personne ne cherche à s’oublier, c’est déjà fait. Malheureusement.
Ne dis rien. Ne parle pas. Les jours sont et existent. Nous sommes encore le jour et pas encore la nuit.
Les notes tisonnent dans ma tête. C’était mon premier repas de jazz. J’avais faim comme un poète.
C’était déjà et pourtant.
Ce n’était pas toujours, je voulais que ça le devienne.
Écrire avec son cœur, qui ne sait comment donner de l’amour.
Joue pour moi, Thelonious. Joue ! Jouis !

Loin de moi, dans le froid, ou dans la chaleur d’un faubourg triste, il y a des filles, les filles du Père Noël qui donnent de la joie à des hommes en déroute, dans leurs bouches et entre leurs cuisses, elles engloutissent la misère à la va-vite, ouvrent leurs âmes une fois par an. Elles font l’amour à des portières de voiture, elles font de l’amour. Donnent de leur temps à des hommes sans amour et qui manquent de temps.
Oui, je sais, c’est une putain de tristesse qui t’envahit la nuit de Noël, alors tu écris pour te demander pourquoi tu écris.
Tu écris avec des beaux sentiments. Ton prénom c’est Narcisse. Ce n’est pas un beau cadeau que t’ont fait tes parents.
Mieux fait, pas bien fait, va savoir…
Le pourquoi des choses est dans le comment.
L’incommensurable, et des contrées désespérées, j’aimerais être la mer qui accouche les vagues, un pied de nez cueillant la brume sur les landes sauvages.

Les ions positifs m’empêchent de respirer.
Excision, exclusion, réclusion des idées s’enfermant dans les mots.
Sans que je ne veuille l’admettre, j’ai toujours construit mes doutes, j’ai fait la fête païenne, mygale nichée et trisomique au fond du sexe rond, blessé, de la femme qui m’a enfanté.
J’ai voulu la vitesse, découvrir des contextes, aller au fin fond, grimper aux murs de ma chambre.
J’ai voulu que le soleil vienne me tenir par la main.
J’ai toujours voulu devenir écrivain.
Certains boivent le vin de messe comme s’ils caressaient les fesses d’une concierge. La religion des billets me froisse. Je n’aime que ça. Jouer des mots, avec eux, contre eux.
Et si je devais construire une maison un jour, je la construirais en murs de livres. En murs de lèvres.
Oui, oui, je sais docteur…qui peut le plus embrasse le plus mal…!
Tant pis. Nous ne sommes jamais forcés, sinon par les contraintes auxquelles il faut s’adapter. Trouver sa blessure et lui trouver un mot, c’est un jeu partagé entre l’auteur et son lecteur.
Un jeu de l’emprise, une nuit de Noël dans les étoiles.

Une nuit de Noël sans les étoiles et sans les peuples du ciel. je continue de recopier le crime de mes ancêtres.

Journaliste du petit bonheur ou de la chance, je suis né dans la rue du chagrin et c’est comme ça.
L’homme est né pour enculer ou se faire enculer.
Et si j’ai lu Henry Miller, c’est pour demander sa main à la littérature.
Alors, priorité au chagrin car ce sont mes gravitations. Les uniques universels. Quand on me demande quel temps fait-il sur l’ombre, je dis, il pleut. Et je réponds.
Je me source.
Il pleut à foison.
C’est le.
Je m’épuise.
Le temps de la merde qui pleut comme un poisson.
Oui, il pleut sur l’ombre et Barbara est une fille facile. Tous les hommes sont entrés dans son vagin en faisant siffler leur locomotive.

Je n’aime pas regarder autre chose que les yeux d’une « fille ».
Ce sexe si différent, si bleu.

J’aime entrer dans Barbara.
Le parfum de mes amis morts, la piste.
J’aime entrer en elle.
Comme si j’étais différent de moi-même. Le roman que je n’ai jamais écrit. Cette sorte d’autre.
Ce condamné à l’infamie.

– Qu’est-ce que tu penses ?

– Je ne pense rien. Je suis.

Et si j’écrivais ?
L’artiste, tigre du Bengale, Monsieur Jésus.
Alors je ris et m’étends triste. Entre ses cuisses nues. Elle a la peau d’une pêche tendre et son sexe est lisse. Je pleure. Je suis un chien masochiste. Je ne veux pas qu’elle m’admire, surtout pas, qu’elle me traite de boue et de coq, qu’elle m’enferme dans son paysage afin que je lui appartienne et qu’elle me supprime.

No Need, elle dit.
Les rues de Saint-Petersbourg sont pleines ! Aucune place n’est libre. La neige a fondu. Il n’y a désormais que de la haine. Sous le manteau de la neige n’existent à jamais que les filles perdues.
Les regrets se perdent, s’enfoncent dans la toute petite, l’inévitable petite vertu.

Aucune mort ne sera plus agréable que la mienne. Si tant est qu’un jour cette mort puisse m’appartenir.

Te souviens-tu Barbara ?
Te souviens-tu ? Te souviens-tu de ce type ? Il avait de l’acné à quarante piges, une Volvo qu’il faisait rouler à deux cents à l’heure sur l’autoroute, Paris-Province en deux heures. Il arrivait à l’heure, engloutissait une bouteille de Whisky. Il disait que ses parents possédaient un château. Oh ! C’était sûrement un château en Angleterre.

Te souviens-Tu ?. Tu avais évoqué l’idée que tout ça cachait un cache-misère. Et tu avais raison. Car tout cela était vrai. C’était vrai comme la véritable misère d’un danseur qui n’a plus de pieds. C’était
Avant-hier .
Il restait un peu d’eau dans le puits.
Et des bonbons.
Et des cadeaux au pied du sapin.
Il restait lui.
J’étais déjà un drame et j’essayais de lui ressembler à moi tout seul.
J’avais lu trop de livres. J’étais déjà renversé.
Puis, dans cette nuit du 31 décembre, il a vomi ses fautes. Par pendaison. Je n’ai pas pleuré car ce n’était pas ma faute.
Oh ! Mon Dieu !
Mon père m’avait dit de ne pas pleurer , soutenant une thèse absurde. La vie n’est pas de notre faute.
Un regret qu’il faudrait rejeter à la mer. Mettre un coup de pied. Et il avait rajouté, si les hommes sont devenus des femmes, c’est parce qu’ils sont lâches.
Tout va avec la vie quand rien ne va.
Les cors aux pieds me font mal. Je devrais consulter un docteur.
Un auteur.
M’ausculter. Je sais que c’est lâche et comme une corde à laquelle on voudrait se pendre.

Non, rien de rien, je ne regrette rien...

PREMIER MAI, la fête des sans-culotte...

DIVARIATIONS et CLAIRE...


....Je suis partie volontairement pour une série-variations à lol, les plaintes ont fini par
s’effacer,
....le coeur à l’ouvrage et sans fébrilité, il a fallu raconter par bribes, un parcours encore
inconnu
....et bien figé par endroits, lol a disparu de la ....surface, mon cerveau a déclaré forfait bien
avant
....le premier tiret; tant pis, tant mieux, il n’y a plus une seule raison valable. Elles y sont
toutes,
....alors dans une faiblesse sans structure ni lendemain, Lol je t’annonce solennellement ceci :
.........- j’ai fait un jarret de veau
.........- je ris dans les coins
.........- épiphanie de la moelle
.........- quel os !
.........- j’aime (savoir) que tu m’aimes
.........- j’aime savoir que je t’aime




Dans le sable, d'eau.
Dans la neige, d'eau.
Je désole l'écho.
A quand le cri ?



.........- ma tête mise à nu, reste le masque des articulés
.........- on ne ment pas de dire, l’amor-dire se tait à l’infini- on lui recherche le grain, le
.........lumineux ; de l’effacement ? Non ! Que non, NON-
.........- Qui sait dire Non ? Qui peut encore dire Non ? Que-
.........- Trois lettres, variations et multiples
.........- N’attentionnez pas M’sieur Dame ! Regardez vos dents !
.........- Vous n’aimez pas la mousse !?
.........- « Le mélange des sexes est un bruit de couloir »
.........- J’ai faim - …. hein !
....Paf – pan ! ahan…



Un peut-être.
Des fleurs,
Un rhume,
La migraine?
Déjections du dedans.
Candides.
Au fond. Baigneuses.




.........- « sous peine . d’aimer – « eh !
.........- folies montantes et descendantes
.........- ton corps couvert de boue – Belle, le jour.
.........- comment vais-je faire ?
.........- ah ah ah, là
.........- naissait la question. elle posait. et flash à répétition.
.........- elle, ah ! recommencer, ça démarre toujours mal, alors , de la retenue, de la retenue, de
.........la retenue, de la retenue, de la retenue, de la retenue, faudra qu’ça sorte, sorte, sorte,
sorte,


Do you want somebody to love ?



.........catatonie des sens et gymnastique de la mâchoire silencieuse, c’est plein de poils dans
mes
.........bras, diversion, l’esprit se veut collant, il aspire au haut la tête en bas, toujours bien
posée
.........en négatif pour d’infimes prétentions digestives non reconnues, qu’est-ce qu’y a ? hein ?
.........qu’est-ce qu’y a ?
....Tu veux pas le chemin, c’est pas du chemin, ça, hein ?, c’est pas de la bombe non plus,
....ouais, ça pue, tu sens comme ça pue, ça pond raison, dans son petit carcan à fleurs à
....tongues à marguerites, pâssque ça sent pas bon mais c’est beau les marguerites au soleil,
....ça vous donne un air de fête en travers de la gorge, elles débordent, le singulier ferait trop
....vite…. et trop… visible ; faut se cacher un peu quand même, ça fait partie des résistances,
....on n’a pas idée à autre chose, tu vois, quand j’texplique, j’me brouille.
.........- avec le jarret, des fraises-framboises-chantilly-chocolat, y avait de la brioche aussi et
.........des broccolis.
.........- les pleurs de l’autruche que je suis devenue- ça n’ira pas plus loin – désaveu
.........momentané.
.........- surviennent les points d’interrogations en giclée, battements de fers, j’aurais pu te tuer,
.........mais tu t’es tue. Oh le beau carnage, l’inspiration n’eut pas suffi ; une once
.........d’incorrection aurait marqué un point, bien entendu il a fallu que ça cesse d’une façon
.........ou d’une autre, on est trop joueurs ou pas assez, c’est selon. Qu’est-ce qui se passe ?
.........Tu ne dis rien ?
....Le tu n’est pas toi, ne te méprends pas, c’est à toi que je parle, raccourci d’appel pour faire
....vite, ffuit, tu multiples me perd, tu sens comme c’est sec, d’un coup, j’ai pas tiré le bon fil.
.........- on ne tire jamais le bon fil, hh, froncement de sourcils, ça crispe les lèvres en grimace ;
.........je t’en referai une dans le danger.
.........- il y a de sales nons ; j’ai chiffonné la dentelle, elle n’était faite que de trous sans peau.
.........Alors, je pense : les jeux de miroirs inconséquents dont on se gausse avec une lame
.........d’amertume qui vous émeut le ventricule, réussirais-je à le gueuler pour une substance ?
....Manutentionnaire qui m’a fait pleurer, de ta sensibilité pieuvre, le filet, sors et reste,
....mais sors, tire, extension de tous tes membres, de ta gueule, étire, arrache, jusqu’au tendon
prêt
....à claquer.
....JE n’est pas fini. Il est dans le vent.



Tentative d’épuisement SUR FOND SONORE. Il y a 8h19, nuages. Demain est en partance, sans avoir accompli. L’idéal est un héros qui meurt.


Par CLAIRE & LOL.19/04/08 & 01/05/09

30.4.09

Aparté


Notice n°1

[Sans développer outre mesure]

Extrait des paroles :

« Serais-je plus sage, serais-je plus folle si je goûtais le fruit défendu ? ... chargée par le poids de mes remords je ne peux franchir toute seule ce corridor il faut prendre une main, suivre quelqu'un comme on suit son chemin ... une par une, j'arracherai les pages de l'ouvrage qui prédit mon naufrage »
...
Bref, je prétends qu'elle parle de dépucelage, mais comme elle avait plus de 20 ans, nous sommes amenés à penser qu'il s'agit d'un autre dépucelage.
Note de fin de page : Remplacer « plus sage » par « plus sale » ?
En ajoutant au passage qu'elle avait tant de silicone qu'avec on aurait pu refaire les jointures du carrelage de la salle de bains...

[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[[« Le bonheur..... c'est du chagrin qui se repose. Alors.. il ne faut pas le réveiller. » Léo Ferré. Intermède musical]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]]

A la Saint-Eustache, porte une barbe.

Ce sera tout pour aujourd’hui. Qui croire ?
Certainement pas moi car je suis mort.

"Ne sollicitez pas d'avis tant qu'on ne vous le propose pas : vous risqueriez d'entendre parler de vos fautes d'orthographe alors que vous avez fait résonner vos profondeurs. Peu de lecteurs ordinaires savent parler d'un texte pour aider à l'améliorer. Les lecteurs professionnels sont souvent sur des rails qui ne leur permettent de parler qu'à heures fixes. Ceux qui aimeront vos textes ne sauront, la plupart du temps, ni comment ni pourquoi ils partagent le plaisir de votre écriture. Il en est ainsi dans tous les métiers : les remarques les plus utiles aux fabricants de moulins à café s'échangent entre utilisateurs dans la cuisine, et parviennent rarement jusqu'à l'usine ou au bureau d'étude..."

Jean Guenot

LOve On tHe BeAT

Aucun rapport avec malheureusement une " oubliée " de la chanson.
Pour toi, Buzy !

21 avril, 21h30, Nawashibari, le silence

"Notre mission sur la Terre est de transformer le monde en immense BORDEL." (Pierre Molinier)

Mais non ! Non ! Le silence gratte…ça gratte aux entournures, ça vous fait monter en pression.

Votre fils dévoué.


L’aube n’est jamais prête que de là-bas on voit la rive boueuse s’étendre.
Je m’étreins à… gisant de gris, d’un gris à fusiller tous les pastels du monde.
Je m’éteins, puis ranime la bougie, le croissant de lune .

L’idée, l’héroïsme, en Eden paraplégique.

Elle cambrée, le petit serpent sur son épaule. Il bouge, tressaute. Je le vois bouger. Désyntaxé.
Je réunis les liens qui nous désunissent.
Interview, interrogation écrite . Écrits , tu, tue, ballet-boots, singes, six, cinq songs.

Rubrique lue, brique, rougeurs.

J‘arrive. Mes souliers boitillent. Sa robe fusain. Elle, je soulève, je bruisse.
Perpétuité du mouvement de ses seins en se déplaçant, , relie le tracé de son pouce à mon index.
Dans sa bouche. Méthode brute, à six mille.

Black is back. Tortue-moi. Tout. Je veux. Je… hein ? Inspecteur.

CQFD, le cœur bandé, elle obéit au télégramme.
Maximum reboot. S’autant, se penche. Et son rire douloureux , en files de perles. Message.

Ah oui ! Non oui !

A l’envi, la meurtrir, formalités des frontières. Déplacement dépassé. Dépassement.
Porte B. Homme-cinéma, femme fractale , Venise sous la glace.
Muleta. Passe-passe. Anhélation dans la pénitence des effluves.
Cash-cash. Des battements. Mesure. Séance de sculpture. Déscrupule en papillotes .

Lucarne, ton imposture pause.

Quand nous fermentons la fixité et que nos regards tombent.
Qu’ils se meuvent comme des crachats animaux dans l’éternité.

He's MONEY

Montage Eric Bensidon

28.4.09

Le ROC BRANLANT


Plusieurs tonnes et plusieurs siècles. Dans mon enfance, il m'est arrivé de glisser une pièce de monnaie sous le roc afin qu'il la torde.
La légende disait que ça portait bonheur...!


Le Roc Branlant
envoyé par St-Estephe

"Le jour se lève, ça vous apprendra."

Jacques Rigaut.

27.4.09

L’atelier

Superbe texte que je me permets de mettre sur le blog.
Par Akinorev le 26/04/2009 L'ATELIER

Une bille de plomb minuscule me nargue.

De gauche à droite
De droite à gauche

Elle accélère au courant d’air.
La page s’étire et baille, fait le gros dos, se griffe aux agrafes. La bille est prisonnière entre deux lignes.

Dehors, Marine traverse la chaussée. Ses seins roulent sous son pull rayé.

La plume transperce le papier comme une flèche de Cupidon. La bille se fige dans le trou.
Le porte-plume, jeté dans l’encrier, éclabousse le cahier. Des fourmis déambulent, conciliabule, sur la feuille. Elles font la ronde, s’abreuvent des gouttes violettes. J’en tire une par la patte. Les lettres se resserrent. Je tourne la page et la lisse de la main. Marine se couche nue dans la marge. Les fourmis reviennent. Elles s’amassent le long de la ligne rouge. Marine remue, princesse au petit pois (tout petit). Ses fesses sont blanches ; son corps irrigué par des veines bleues. Quadrillage.

La fenêtre tremble. Dans la rue vide, volent les papiers gras. Eliane est partie au loin le vent tresse nos soupirs.

Marine a faim.
« - Si nous jouions au Poker, lui dis-je.
- Je suis déjà à poil, me répond-elle. »
Je lui tends un bas de soie. Elle le déroule sur sa jambe. New York. Les bruits du marché montent jusqu’à l’atelier. Marine à l’encre de Chine. Mon modèle me tue. Les larges vitres sont immobiles sous le givre. Je donne mes frites à Marine. Elle les enfonce dans ses lèvres. J’éjacule sur le tapis.
Les fourmis se sont frayées un chemin. Elles s’engouffrent par la petite porte dans la ligne rouge brisée. Marine se tortille sous les piqûres. Les insectes lui pénètrent le corps. Au fil des pages, elle se dessèche. Je peints la mort. Au fusain. Le tapis est bleu marine.
Des escrocs me guettent à la sortie de salles de jeu. New York se fait justice. Le poisson jaunâtre dans la barquette sent le souffre pourtant Marine me tente toujours. Je tourne les pages à l’envers. Ma main se ride.

Dehors le vent se pose. Je sors le chien. Dans les poubelles, je cherche la trace d’Eliane. Son rire PVC. Papiers gras. Des tresses.
Prisonnières entre deux trottoirs, les bouches d’égout me regardent. J’aperçois Marine par le hublot de sa salle de bains. Elle chante et j’imagine ses gros seins dans l’eau. Noyés.
Le dog est lent. La porte est massive. Dans la chambre, la plume m’attend.


Les fourmis parlent vite. C’est bientôt la fin de l’histoire. Quelques toiles sans cadre. Un trafiquant d’art, trois putes et des œuvres maquillées. Le cri dans un bateau.
Il reste quatre pages au cahier lorsque je mets le point final, minuscule. Comme une bille. De plomb.

Ma chambre est un Van Gogh et le lit sent le bleu. La rue est raide. Marine me suce encore. Les volets claquent et le plafond blanchit.

New York dort sous la neige.

Le JE de la vérité

Le chagrin ne tue pas seulement les vivants, il tue aussi les morts, il les enterre deux fois.
Ils partaient de l’île de Gorée comme des cochons que l’on transporte vers l’abattoir. Course effrénée à travers l’Atlantique, il était un petit navire.
Sur mille, il n’en restait que cent, faméliques, qui parviendraient à bon port.
Victuaille, marchandise déhumanisée que l’on destinait à la récolte du coton, plus tard une autre humanité en robe blanche, dégâts des os, lynchage et pendaison.
« Cinq, six, de la chair que trop avons nourrie… »
Chère madame, je vous offre ce bouquet de fleurs ! Des bonbons sucrés au vitriol, de la Ventoline aussi…
L’humiliation connaît ses propres dames, ses propres drames.

Début des années 80, j’arrête mes études. Plutôt non. Ce sont-elles, elles me prient de m’arrêter tout de suite. Voie sans issue, grosse rigolade. Quand est-ce qu’on mange ? Comme me le disait hier mon charcutier préféré, je n’ai pas peur du travail mais c’est le travail qui a peur de moi.
Interruption de séance.
Le monde est d’une grande cruauté, mes craintes deviennent des doutes puis se transforment rapidement en peurs, un foisonnement d’idées lugubres me lacère les deux hémisphères. Le manège des chevaux de bois, je suis assis sur un dromadaire, la queue de Mickey est un rêve aperçu au dessus de nulle part.
La couleur jaune est terne.
Je commence à tenir un journal intime sur un cahier à spirales, format grands carreaux, avec un stylo qui me sert de peigne puisque j’ai commencé déjà à perdre mes cheveux. C’est pratique un stylo, on peut écrire avec ou s’amuser à tourner les aiguilles d’un rêve, avec un stylo certains mêmes parviennent à se gratter le dos en toute bonne conscience.
Là-bas, là-haut, immeuble de la cité U, je défraie la chronique. Saucisses-lentilles à midi, lentilles-saucisses le soir, je fais un break, une cigarette puis directement je me précipite sur un pot de yaourt nature. Il sent un peu la marée montante car il n’a pas vu le frigo depuis trois jours.

Magnéto Serge, on rembobine. Envoie le bousin !
L’intelligence peut se mesurer. Il existe certaines règles de calcul très savantes, des probabilités vérifiables. En classe de quatrième, mes premiers pas de sournois me conduisent à fouiller le bureau du directeur et je découvre en apprenant mes résultats au test de QI que j’ai un niveau 110, donc normal, blanc, bien peigné mais toujours aussi triste. Engoncé dans une éducation rigide, pseudo-Gaulliste, un Ave et deux Pater chaque soir. Comme ça on pourra pas dire qu’on a pas fait notre devoir de parents.
Mes camarades, disons mes collègues, font du sport, découvrent le touche-pipi, les premiers pelotages, arrête tu me fais mal avec tes mains ! Moi je lis. Cet intérêt supérieur inquiète mon entourage. A l’envi, on me répète, on me crie, on m’hurle dans les oreilles que je ferai toujours partie d’une classe sociale moyenne inférieure. Mais tant pis, je continue à lire et pas que de bonnes choses. Du dernier numéro d’Union caché sous le lit de mes parents jusqu’au journal d’André, vous savez celui qui disait qu’on ne fait pas de la bonne littérature avec des bons sentiments. Puis, le dos tourné pendant qu’on ne le voyait pas, il faisait monter sur son ventre de jeunes arabes et leur apprenait à faire l’hélicoptère.

Donc, pendant que les autres commencent à humer les lèvres mouillées des filles, tout seul avec ma main je joue au docteur. Plus tard, je veux faire avocat, mieux comédien, monter sur les planches, ils m’acclameront, les femmes du monde m’enverront des fleurs, je mourrai sur une scène à 33 ans, les bras en croix. Mon père sera charpentier.
J’espionne, je me ferme, je suis déjà un traître, je regarde par le judas mais je ne vois rien, sauf une vie qui ne m’appartient pas, cette vie que je refuse et qui ne m’appartiendra jamais. Oui, quand je serai un célèbre comédien, un Brando, un Dewaere, Un Simon, un …quand je serais, je les baiserai toutes, celles qui m’ont fait baisser les yeux jusqu’à mes chevilles, je les baiserai avec mes mots, avec mes mains.
Complexe du petit gros.
Je ressemble à une fille avec mes longs cils et mes cheveux longs. Ma couleur préférée c’est le rouge, sa troïka magique, sa bande à Baader, ses brigades rouges. Je suis à la gauche de la gauche mais je n’attire que les mouches. Rousseau vient de me filer sa mononucléose, discours de l’inégalité entre les propos et les actes. Tout se déroule très logiquement, je deviens autiste mais personne dans mon entourage ne s’en aperçoit. Sur mes genoux un chat se prélasse, je pourrais passer des heures à le caresser. Cette complicité n’effraie personne. Mieux, elle rassure le quidam qui ne se doute de rien, pas même de l’incendie qui ravage ma tête , brûle mes yeux.
Un si gentil petit garçon et poli avec ça, bien élevé. C’est dit, je finirai fonctionnaire comme papa.
Une obligation de réserve m’obligera à me cacher la tête sous l’oreiller le soir en oubliant qu’elle me fait mal.
Le bon dieu est un fieffé coquin, il m’a légué la chance, cette putain de chance qui m’a aidé souvent à passer au travers de la mort. Braquage, contrebraquage, j’appuie, j’accélère, la vie dans le fossé, et le rétroviseur de toute une vie humiliée.
Les larbins, souviens-toi Paulo de ce que je t’ai dit sur l’île de Gorée, esclaves de leur race, de leur couleur de peau, moi l’esclave de ma condition sociale, et du lavage de cerveau de cette société qui m’a oublié là sur le bord de la route.
Toutefois, il n’est pas question d’abandonner, aussi chaque jour qui passe est une occasion de plus de remettre les compteurs à zéro. Et pour remercier l’autre, celui a les bras en croix là-haut, je l’insulte, je le trahis, je l’atomise tel un scorpion que j’écraserais sous ma chaussure. Je mets les fringues de maman, devant le miroir je fais la pute, je danse.
Mal.
Pendant que les copains jouent au foot le mercredi, j’invente des jeux. Avec des allumettes, je fous le feu à un arbre. Pas vu pas pris. Puis l’envie folle de me livrer à un acharnement total. Avec les allumettes toujours, je passe certaines journées d’été entières à me frotter les bras et les cuisses. Je frotte, je frotte, ça brûle, ça fait mal, dès que la croûte est sèche je l’arrache, la peau à vif j’en remets une couche. J’aime ça, ce corps qui me dégoûte, ce besoin presque clinique, sauvage, de me faire mal.

Devant moi, toutes les portes sont fermées, j’ai de plus en plus d’efforts à fournir pour tourner la clef.
Je me tire des balles dans le pied. Des balles à blanc il va sans dire. Mais j’y pense fort. Je pense à l’arme de service de mon père, cachée dans l’armoire. Personne ne s’en doute une seconde mais je sais où il a rangé les balles. Le maniement complexe de mon cerveau m’indique qu’il faut que je renonce à ce projet funeste.

– Dis Olivier, pourquoi tu souris ?

Parce qu’on m’appelle Lol, parce que j’ai de la bière qui coule dans mes veines, et que Laura m’attend, ma Laura Davies, mon petit ange au sourire diaphane, mon ouvrière des mines de charbon sous le ciel fumeux et roide de La Galles du sud.
Elle m’attend, et la route monte, elle grimpe.
Tous les deux, Laura, tu sais, on offrira des fleurs aux amoureux, des baisers aux oiseaux et on volera , on se décomposera à la vitesse de l’étrange, devant un arbre aux souvenirs.

Sur les veines du marbre, je te lirai les poèmes d’Apollinaire, au dernier virage je m’endormirai pour mourir et ce ne sera pas la première fois mais la dernière. Sur un accord de violoncelle, le vieux vaisseau s’en ira voguer sur des mers si profondes qu’aucun instrument de mesure ne peut vérifier.
Pas même la vérité.

Par JONQUILLE

LAUTREC

IL; Toulouse-Lautrec, ce nabot génial m'a toujours fasciné. Une vie hors-normes dans un corps hors-normes.
Beaucoup de souffrance, beaucoup de pudeur aussi et les lettres sublimes qu'il écrivit à sa mère...

26.4.09

Bukkake channel

Reprise du train-train demain. En attendant, le partage d'une coutume ancestrale et qui fait toujours fureur chez nos amis japonais, vous pourrez toujours lire Abé Kôbô , La femme des sables.


ROMAN AVEC COCAÏNE

Sorti dans les années 30 et réédité en 1983, date à laquelle pour la première fois je l'ai lu. Un grand mystère entoure l'auteur dont on n'a jamais su qui il était vraiment...
Nabokov, sa femme, ou tout simplement Agueev lui-même dont ne sait rien ou presque.

"On se doit de dire ce que tout romancier rêve d'entendre. Agueev est un génie, son Roman avec cocaïne appartient à ces rares livres, émouvants et complexes, que l'on referme avec la certitude d'avoir suivi ligne à ligne le cours même de la vie."

Jean-François Fogel, Le Point.